Friday, December 28, 2007

Não importa se o pato é macho, eu quero é o ovo.

Eu hei de vencer.
Eu hei de vencer.

Eu hei de vencer.
Eu hei de vencer.

Eu hei de vencer.
Eu hei de vencer.

Diga assim:
Eu hei de vencer,
Eu hei de vencer...

Eu hei de vencer.
Eu hei de vencer.

Eu hei de vencer...
Eu hei de vencer.

(Maria de Lourdes Oliveira Vieira)

Wednesday, December 26, 2007

Tuesday, October 30, 2007

Pintor da liberdade.

Havia uma praça numa cidade do interior, tão organizada e bonita que dava gosto de se viver. As ruas simples, com um asfalto liso, calçada branca de pedras de calcário, plaquinhas de sinalização e nomes das ruas em cada esquina.Não havia poluição visual. Tudo era agradável aos olhos e não se via uma propaganda ou "outdoor".

Nessa praça, todo dia, trabalhavam ali três pintores. Wiliam era um verdadeiro artista, fazia quadros lindos, que todos queriam ter para enfeitar suas casas. Mas Wiliam cobrava muito caro, os quadros eram uma verdadeira raridade. Wiliam sabia que podia cobrar o preço que queria, pois tinha muita fama, e além disso, ele produzia tons de cores que ninguém sabia imitar, e tinha uma visão da vida de um ângulo que só quem entende o pensamento popular podia ter.

Luis era um pintor genial, e de pensamento alternativo. Ele dava gratuitamente suas obras, para quem apreciasse e pedisse. Ele tinha qualidade para fazer o que bem entendia, e mostrava em suas pinturas um mundo diferente, em que se podia perceber o senso de solidariedade das pessoas ali representadas. As paisagens sempre tinham um toque de liberdade, vistas de um ângulo em que as pessoas que as apreciavam sentiam-se voando. Mas por algum motivo que lhe fugia do conhecimento, ele se via triste, pois não entendia porque suas obras não eram populares apesar da qualidade. Tinha pouquíssimos interessados, que realmente lhe elogiavam e colocavam suas pinturas em locais de destaque. Por outro lado, esses poucos eram muito fiéis, e isso lhe alegrava. Eles defendiam com unhas e dentes quem falasse mal de suas obras, e comparavam elas com as pinturas mais famosas do mundo!

Antônio era muito desajeitado. Sempre se borrava e não era raro vê-lo com as barbas pintadas de todas as cores. Um dia ele deixou cair a barba num pote de tinta vermelha e passou uma semana assim até conseguir se limpar. Isso lhe deu o apelido de Tonhão Barba Vermelha, mas o pessoal para encurtar chamava ele apenas de "Vermêi". Ele não sabia pintar muito bem, tinha vindo de uma familia muito pobre e nunca tivera aulas. Ganhou de pequeno uma caixa de tinta à óleo e passou a pintar tudo o que via, e ficou um expert na arte de replicar. Ele ganhava a vida dos trocados que conseguia vendendo réplicas quase perfeitas dos quadros de Wiliam. Wiliam sabia disso, mas como Antônio acabava por ajudar a fazer propaganda de seu nome, não interferia.

E a vida seguia bela e alegre nesse ambiente assim formado, com exceção de Luis, que continuava cabisbaixo e pensativo... Luis tentava descobrir um modo de fazerem as pessoas gostarem dos seus quadros. Mas quadros são assim mesmo, não há como fazer pessoas gostarem do seu ponto de vista. E ele vivia esse dilema, todo dia vendo mais e mais gente comprando as réplicas de Antônio por uma mixaria, ao preferir os seus lindos quadros de graça! E Wiliam tirando proveito, viajando para dar palestras, fazendo exposições, ganhando grana alta pela venda de seus originais, e ficando mundialmente famoso.

Luis não podia contar com a ajuda da publicidade gratuita que Antônio fazia para Wiliam, pois Antônio nunca iria poder fazer uma réplica de um quadro de Luis se este dava os quadros de graça. Não era possível Antônio faturar nada desse jeito...

Até que um dia Luis pensou que a única maneira de tornar seus quadros mais populares seria entender como pensam os consumidores que gostam dos quadros de Wiliam. E então Luis passou por um período de estudos, para se adaptar à nova realidade que queria se inserir. Se era para ficar mundialmente famoso, ele teria que dar ao povo o que o povo queria.

Então Luis caminhou pela praça e foi até Wiliam. Este estava pintando um quadro da praia da enseada. Luis comentou que iria pintar também um quadro da mesma paisagem, no que Wiliam disse que ele fizesse o que bem entendesse, pois a praia era pública.

Luis então pensou muito em qual posição deveria expressar a paisagem. Tinha vontade de colocar a vista olhada de uma asa-delta flutuando livremente sobre a praia... Mas lembrou de tudo o que tinha estudado sobre a opinião popular, e decidiu que era melhor fazer uma paisagem mais pé-no-chão... Fez a vista do ângulo de um banhista sentado em uma cadeira de praia, tomando uma cerveja, muita gente bonita passeando, lindas ondas do mar.

Wiliam, por coincidência, fez a praia vista por uma pessoa sentada na praia também. Mas essa pessoa estava sentada na areia, ao lado de uma criança, e faziam um castelo. Também tinha no quadro lindas pessoas passeando e um belo mar revoltoso.

Antônio, pela primeira vez, ficou em dúvida de qual copiar, mas como ele sabia que Luis iria dar seu quadro de graça, logo esse pensamento lhe saiu da cabeça, e ele fez uma réplica quase perfeita do quadro de Wiliam.

A grande maioria das pessoas que passavam pela praça nem conheciam Luis e seu trabalho direito, mas já apreciavam o trabalho de Wiliam há muito tempo. Essas pessoas ficaram maravilhadas com a paisagem da praia da enseada, e logo ambos os quadros estavam vendidos, tanto o original quanto a réplica.

Luis ainda esperava que seu destino mudasse para melhor, até que ouviu de longe alguém falar que sua réplica não era tão precisa quanto à de Antônio. Ele ficou muito triste com o comentário, mas decidiu esperar mais um pouco para ouvir as palavras reconfortantes de seus poucos e fiéis "clientes" que entendiam muito melhor sua expressão artística. Afinal, essas pessoas desconhecidas que nunca apreciaram sua obra, não sabiam de suas qualidades como pintor.

Então finalmente chegou um de seus mais fervorosos defensores, para apreciar seu quadro. E este senhor, que sempre defendeu a liberdade e o ponto de vista alternativo, ficou tão decepcionado ao ver aquele quadro, que tinha perdido todo o brilho do artista que era diferente. Este senhor disse a Luis que ele perdeu o foco, que seu quadro não expressava mais a vontade de estar acima de todos os pequenos infortúnios da vida e de ter um ponto-de-vista diferente, opção única para ver o mundo com outros olhos. E esse senhor não quis o quadro nem de graça, saiu com passos firmes e deixou Luis com os olhos cheios de água, sentado no banco da praça.

Muitos meses se passaram, e Luis não conseguia se encaixar nesse novo modelo que ele tinha inventado... Ele perdera a dignidade ao ser comparado com um replicador de quadros, e perdera seus melhores apreciadores, por não estar mais atingindo o público que antes se interessava por suas obras.

Até que farto de lutar contra sua própria natureza, Luis voltou a pintar quadros de céus azúis que mostravam a liberdade de voar, de ser diferente, e de ter sua própria e original opinião sobre o mundo. Seus poucos amigos voltaram a defender seus quadros com amor e fidelidade, e até mesmo a grande maioria da população daquela cidade que só gostava dos quadros de Wiliam passaram a comentar que Luis tinha uma boa qualidade artística, apesar de nunca levarem seus quadros e continuarem achando seu ponto-de-vista estranho.

Tuesday, September 4, 2007

Soneto a um novo amor

Até quando durará?
Esta sensação intensa
Ao sentir sua presença
Quanto sobreviverá?

Irá sentir minha ausência?
O seu olhar brilhará
Após tanta convivência
Em amor paixão se fará?

Ao me acolher no teu peito
Nada mais duvidará
Nele me enlaço e me deito

E até que eu morra em meu leito
Em mim sempre encontrará
Amor, carinho e respeito.

Tuesday, August 28, 2007

Ressaca

Ontem eu saí de casa
Fui direto pro boteco
Me serviram um vinho azedo
Que derreteu meu caneco
Nunca mais tomo esse vinho
Nem que eu passe no caminho
Ou meu nome não é Beco!

Wednesday, August 22, 2007

Insônia.

Em volta de seu corpo havia uma auréola esbranquiçada e densa que tornava seus movimentos lentos, seu pensamento dolorido, e sua percepção embaçada. Era como sentir um sono pesado e não conseguir dormir, e estando acordado não conseguir expressar o seu eu.

Enquanto lutava contra seus próprios instintos, buscando na imobilidade e no silêncio profundo a libertação deste encanto maligno, ouviu-se um zumbido terrível e ameaçador, próximo como a foice da Morte em seu ouvido.

Vencendo desesperadamente a inércia incalculável, saindo de um poço de piche que oferece resistência ao próprio ar que se respira, ele consegue ganhar alguns minutos de agilidade, o suficiente apenas para espalmar o vazio escuro em sua frente.

O estalo da palmada rompe o zumbido e inicia um novo silêncio profundo. As mãos caem sem força e a imobilidade lhe domina novamente. Os olhos fechados o tempo todo ainda assim lhe doem, uma dor profunda por trás do globo, que não dá trégua. Eles tremem e se movimentam, os próprios culpados. É difícil manter as pálpebras fechadas segurando os revoltos olhos que insistem em manter o cérebro aceso e cansado.

Com esforço e concentração, num exercício dedicado de escutar o silêncio, ele consegue dominar a exacerbada atividade ocular, e seu corpo volta a afundar num mar de piche pegajoso. Os pensamentos ainda não estão desconexos a ponto de se permitir um descanso mental, mas ele se permite o luxo de tentar pelo menos um descanso físico.

O mundo vai ficando mais distante, e só não está solto e entregue ao prazer do bom sonho ainda por culpa de uma leve esperança de assim o conseguir, esperança essa que é tanto o desejo de dormir quanto o impedimento que ainda o liga à realidade.

A esperança se torna desespero ao sucumbir à idéia de que outro zumbido virá, tão certo como dois e dois são quatro. E o medo lhe trás de volta, não totalmente, à realidade de um corpo deitado de olhos fechados, porém acordado.

Uma vez checada a realidade, e percebido que não se pode atuar em algo que não está acontecendo, novamente volta a se entregar na tentativa de deixar os sentidos sem resposta mundana. O que é real agora está tão longe e pequeno como a imagem circular de uma luneta que ainda busca a terra da lua. E é essa luneta, o seu caminho, o seu interior, o seu túnel, a ligação entre o homem e sua realidade. Ele pode simplesmente tirar os olhos dessa luneta e olhar em volta, e estará sonhando. Mas ele não consegue, precisa ainda estar alerta. Alerta... Alerta... E a imagem da realidade imaginada, uma casa no campo gramado, em um lindo dia de sol, diminui, diminui, diminui, e tudo o que resta em seu campo de visão é o tubo preto interno da luneta.

Pronto, está praticamente dormindo. Ele agora pode preencher a escuridão com qualquer imagem, e estará sonhando. Mas alerta, ainda vê uma pequenina janelinha redonda com vidro em forma de lente, brilhando ao longe um verde ensolarado. Será essa janelinha um sonho, um meta-sonho? Ou será que ainda está alerta?

E seu pior pesadelo acontece. Não um pesadelo onírico, que até suportaria, e seria mesmo capaz de lutar contra os monstros e medos que atormentam os pesadelos, só para continuar a dormir. Mas um pesadelo real, um zumbido em seu ouvido, lhe trás abruptamente de volta a janela da realidade.

Agora, tomado de uma fúria que lhe deu agilidade instantânea, levantou bruscamente e acendeu a luz do quarto. A auréola esbranquiçada que lhe contornava fluiu como um veneno direto para sua cabeça, que começou a doer uma enxaqueca imediata, pagamento pela sua destreza de movimentos.

Pegou um tubo de veneno e começou a caminhar, esbravejando, pelo quarto, a procura do minúsculo inseto que lhe causara tanta dor. A pena de morte foi decretada. Este inseto teria que pagar com a vida o estrago que lhe fez na sua manhã vindoura.

Durante 15 minutos ele caçou, bateu, espalmou, borrifou, até que finalmente viu o corpo estirado do pernilongo condenado. Ao final, ele estava suado, cansado, seu corpo caminhando lento para o chuveiro.

Com dificuldades e uma enorme dor-de-cabeça, voltou a se ajeitar em seu leito, e de olhos fechados começou a se concentrar no silêncio. Havia uma esperança de que conseguisse dormir de verdade. Mas caso não conseguisse, muito feliz ele ficaria se conseguisse pelo menos ficar parado, descansando o corpo.

E a esperança o lembrava do motivo pelo qual ele a cultivava, o risco de novamente ser buscado do fundo de seu sono para a realidade numa ruptura desgraçadamente rápida.

Thursday, August 9, 2007

Transgressão avassaladora

Era uma noite avançada de lua minguante. Na varanda um banco de madeira pintado de branco-gelo. O frescor da manhã já se fazia sentir no cheiro do orvalho do gramado do jardim. Só mais algumas horas e o sol apareceria despontando no horizonte, por trás de uma baixa colina que jogava uma sombra tardia no casebre.

Carla estava imóvel, embaixo do banco, e enquanto escutava os gritos vindos de dentro do quarto, começava a ter esperança de sobreviver. Sua irmã estava estirada na cozinha, parte do omoplata perto da porta. Mas não havia sangue. O sangue fora todo sugado com voracidade pelo agressor faminto.

Agora sua fome insaciável estava sendo minimizada pelo sangue de sua mãe. Ela ainda lutava firme e não se deixava dominar, mesmo após presenciar a terrível morte de seu marido, que a protegera do primeiro ataque e se tornara a vítima.

Mas o agressor parecia ter poderes sobre-humanos, e com unhas afiadas cravou com segurança os braços de Dona Marta, que agora só podia gritar e esperar a mordida fatal.

Dentes vieram encontrar seu pescoço, pouco acima do ombro, e a força da mandíbula fez Marta gemer baixo antes de conseguir recuperar o fôlego. A pressão sanguínea baixou aos poucos, as vistas começaram a escurecer, e o grito passou a apenas um sussurro.

Carla ouvindo a tudo atenta, coração apertado de uma ansiedade pelo amanhecer, estava em pânico. Sua esperança diminuía no mesmo passo do som dos gritos que escutava. O som dos gritos cessou. Sua mãe estava morta. Agora ela sabia que ele iria começar a procurá-la.

A porta se abriu e Carla pode ver um homem alto, cabelos negros, olhos que brilhavam em um vermelho pontiagudo. Usava um sobretudo escuro, por cima de um terno fosco. Ele caminhou pausadamente em sua direção, como se cada passo fosse um exercício para tornar disponível uma força extrema caso precisasse correr atrás de sua vítima.

Carla não tinha chances de correr, e isso só adiantaria seu martírio. Esperou, tremendo, mãos abraçadas nos joelhos, o seu fim próximo.

O sol começou a apontar, e já se podia ver no jardim alguma luz. Mas a pequena colina, cuja sombra sempre fora tão alegremente reverenciada, agora permitia mais alguns momentos de terror.

Com um só golpe, o banco foi arremessado da varanda, e Carla sentiu-se mais desprotegida do que nunca.

Ele aproximou-se vagarosamente, segurou-a de modo firma, mas delicado, pelos ombros, e levantou-a do chão. Carla apenas mostrava um olhar de piedade, e esperava pela luz do sol.

O homem de mãos frias como a morte aproximou os dentes de seu pescoço, vagarosamente, e parou por um instante para sentir o cheiro do perfume que Carla exalava.

E então, num impulso, mordeu-a.

Wednesday, August 8, 2007

Ócio do dever

Há um certo ciclo que se realimenta, entre o não-fazer e o ponderar do que fazer, entre observar o prazo esgotar e o esgotar do prazo.

O efeito surge em mentes que buscam o Carpe Diem, e é mais devastador quanto maior for a importância da tarefa e menor o prazo.

No limite desta loucura se distinguem três indivíduos: o fracassado, que chora a mágoa do tempo perdido, e se ainda tem esperança, promessas faz de mudar de atitude, que nunca são cumpridas; e o vencedor, que recebe como recompensa o elogio magro de um dever minimamente cumprido, além do alívio delicioso do peso da tarefa que se desfez; e há o gênio, que não percebe a pressão do prazo, se o perde, não se interessa pelas conseqüências, e se realiza o dever, tem o êxito de uma empreitada brilhante.

Arrisque-se.

Autores que preciso (ou estou a) ler


  • Freud& Breuer, Studies of Hysteria

  • Allan Poe

  • Mark Twain

  • Isac Asimov

  • Philip K. Dick

  • Albert Camus

  • Amós Oz - E a história começa: dez brilhantes inícios de clássicos da literatura universal

  • Otto Maria Carpeaux - História da literatura ocidental

  • Karl Marx - O capital
  • Charles Darwin - A origem das espécies
  • Thomas Paine - Os direitos do homem
  • Maquiavel - O príncipe
  • Platão - A república
  • Graham Greene - Fim de caso
  • Markus Zusak - A menina que roubava livros
  • Khaled Hosseini - O caçador de pipas
  • Robert Kurz - Schwarzbuch Kapitalismus
  • Machado de Assis - Dom Casmurro
  • Nelson Rodrigues - Vestido de noiva / O casamento / A vida como ela é
  • Franz Kafka - A metamorfose / O castelo / O veredito / Carta ao pai / Na colônia penal
  • Robert Musil - O homem sem qualidades
  • Thomas Mann - Doutor Fausto
  • Alfred Döblin - Berlin Alexanderplatz
  • Marco Aurélio - Meditações
  • Kierkegaard - Temor e tremor
  • Spinoza
  • Friedrich Hebbel - Diários
  • Nietzsche
  • Pascal
  • Heinrich von Kleist - Michael Kohlhaas
  • Franz Grillparzer - O pobre músico
  • Dostoievski
  • Flaubert - Madame Bouvary
  • Goethe
  • Alfred Brehn - A vida animal de Brehn
  • Charles Dickens - David Copperfield
  • Elias Canetti
  • Gabriel Garcia Marquez - Memória de minhas putas tristes
  • Theodor W. Adorno - Teoria Estética
  • Balzac
  • Adonias
  • Conrad
  • Jorge de Lima
  • Miguel de Cervantes - Dom Quijote de la Mancha
  • José de Alencar
  • Camões
  • Dumas
  • Dante
  • Shakespeare
  • Wassermann
  • Melville
  • Graciliano
  • Borges
  • Tchekhov
  • Sófocles
  • Schnitzler
  • Carpentier
  • Calvino
  • Guimarães Rosa
  • Eça de Queiros
  • Perec
  • Roa Bastos
  • Onetti
  • Boccaccio
  • Jorge Amado
  • Benedetti
  • Pessoa
  • Bioy Casares
  • Asturias
  • Callado
  • Rulfo
  • Lorca
  • Homero
  • Lima Barreto
  • Cortázar
  • Voltaire
  • Emily Brontë
  • Sade
  • Arregui
  • Verissimo
  • Bowles
  • Faulkner
  • Maupassant - Le horla el autres contes fantastiques
  • Tolstói
  • Proust
  • Austran Dourado
  • Hugo
  • Zweig
  • Saer
  • Kadaré
  • Márai
  • Henry James
  • Castro Alves
  • Elin McCoy - O imperador do vinho
  • George Orwell - Confissões de um resenhista
  • J. M. Coetzee - Desonra
  • Pearl Buck - A boa terra