Pois é... Eu e o Heck aqui na páscoa dos entediados, resolvemos criar algumas regras para se jogar war com apenas duas pessoas. Chegamos às seguintes condições:
- Cada pessoa irá liderar duas cores
- Cada cor terá seu próprio objetivo. O jogador ganha se (e quando) conquistar ambos AO MESMO TEMPO.
- As peças de cores diferentes, chamadas aliadas, terão sua própria vez de jogar, sua contagem de peças é independente, e poderá atacar quem desejar, exceto as aliadas.
- É possível, ao final da rodada, remanejar as peças por territórios aliados.
- Territórios que contém ambas peças durante a contagem de territórios não são considerados.
- Existem duas fases de remanejamento: ao início da rodada, apenas as peças que estão em territórios com duas cores podem ser movidas. Ao final da rodada, o remanejamento normal do war.
- As cartas são ganhas para o jogador, não para a cor. O jogador guarda as cartas e decide quando realizar as trocas. Pode realizar as trocas no início da jogada de qualquer de suas duas cores.
- Quando atacado, um território que possuir mais de duas cores pode escolher com qual cor quer se defender. O número de dados é independente e relativo àquela cor escolhida.
Para a alegria dos leitores, o Heck, novamente com suas peças brancas, e agora também com as azuis, teve seus objetivos assim delineados: destruir as peças pretas (hum... coitado...) e conquistar 24 territórios (porque ele tirou destruir as azuis, que já eram dele, e o objetivo alternativo foi acionado).
Meus dois objetivos, coincidência desta vez não atribuída a algum "camaço", era: 1- destruir o Heck (peças brancas) e 2- américa do sul, europa, e outro continente à sua escolha.
América do Sul, com poucas jogadas, foi dominada pelas pretas. América do Norte, com um pouco mais de trabalho, mas com a performance intocável de apenas uma jogada! (sim apenas uma), saiu na frente e foi conquistada.
A Europa foi atacada vinda da Groelandia, também tentando manter Moscou, e entrando da América do Sul, pela África, além do último suspiro, vindo de Vladvostok, até Moscou, para ajudar. Neste caminho, lógico, foi preferido territórios pelos quais estavam os brancos.
A África foi um caso à parte. Madagascar sobreviveu impotente a vários ataques, pecinha isolada, que nada tinha a ver com o objetivo e o caminho global. Ao final do jogo, se tornou ponto principal, pois ali estavam, no continente africano, quase dominando e ganhando suas peças, os brancos! Heck viu aquela pecinha isolada de Madagascar crescer e lhe impor a desesperada derrota.
A definitiva derrota ocorreu na última peça branca, na Polônia. A Polônia, além de ter a última peça branca, era também o último território a conquistar para cumprir o objetivo de ter domínio da América do Sul, Europa, e outro à sua escolha (no caso, a América do Norte).
Sendo assim, os poloneses viram sua destruição como o início de um novo mundo, dominado pelas peças pretas, um ditador insaciável e sanguinário, que não fosse o jogo acabar, teria seguido friamente para destruir as azuis até o fim da Austrália!
Momentos antes da batalha final da Polônia, é importante deixar registrado, o Oriente Médio manteve, com inicialmente 4 peças azuis e duas brancas, uma pequena resistência. Ao ser atacado, primeiro jogou 3 dados contra os invasores de Moscou, e perdeu três peças azuis. No segundo ataque, as peças brancas foram escolhidas, e o defensor jogou 2 dados amarelos. Perdendo as duas peças, sobrou somente uma azul no território. Ficou ele surpreso ao notar que o ataque de Moscou deixou o território com aquela única azul para se dirigir à Polônia e terminar o jogo! Foi ali que ele percebeu: a casa caiu para as brancas! Ahahahaha!